terça-feira, 6 de agosto de 2019

Filtro ou Censura, o autoritarismo está aí


Não consegue mais dissimular.

Resistiu o quanto pode, dizendo-se a favor da Democracia, mas desde o seu primeiro dia no governo deixou um Sinal claro que não foi levado a sério pelo restante da sociedade. Queria FILTRAR o ENEN. Leia-se CENSURAR.

Depois foi a vez do ataque escancarado contra ANCINE, novamente querendo colocar um Filtro. Leia-se novamente como CENSURA.

Num curto espaço de tempo voltou sua indignação contra o INPE. Não demorou, e exonerou o Diretor do Órgão por causa dos dados sobre o desmatamento. Agora fala novamente em FILTRAR esses dados antes de serem divulgados. Ou seja, leia-se mais uma vez como CENSURA.

Tenta silenciar a imprensa que o fiscaliza, e adora a imprensa “isenta” que o bajula.

Desrespeita o ser humano, diferentemente do Amar ao Próximo, de suas citações bíblicas, ou as invocações em nome de Deus!

Desrespeita a Constituição constantemente.
Tentou atropelar a decisão do Congresso Nacional reeditando Medida Provisória tentando transferir a demarcação de terras indígenas da FUNAI para o ministério da agricultura.

O ministro do STF, Celso de Mello, foi duro, foi contundente contra essa pretensão do presidente da República, mas talvez tenha sido tarde: “reconheço que o comportamento do Senhor Presidente da República, traduzido na reedição de medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional, no curso da mesma sessão legislativa revela clara e inaceitável transgressão à autoridade suprema da Constituição Federal e representa perigosa e inadmissível ofensa ao princípio fundamental da separação de poderes.
Mais adiante, no mesmo o mesmo ministro Celso de Mello em seu voto diz:
“Esse comportamento governamental faz instaurar, no plano do sistema político-institucional brasileiro, uma perigosa práxis descaracterizadora da natureza mesma do regime de governo consagrado na Constituição da República”.

A imprensa deu mais atenção ao fato de que o presidente disse ter ficado chateado com voto do ministro Celso de Mello, do que com o teor do voto proferido na ação Direta de Inconstitucionalidade.

Não consegue mais dissimular!
O autoritarismo está aí!

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