segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Um Alerta!

Hora de parar de falar sobre a minha mãe e sobre a minha indignação sobre um diagnóstico equivocado de Alzheimer.

Fiquei impressionado com a falta de conhecimento de profissionais de saúde sobre a Depressão Crônica, e os seus efeitos  sobre os idosos.

Minha intenção foi alertar amigos e conhecidos a partir do momento em que me deparei com uma epidemia de Alzheimer.

Infelizmente a Depressão ainda sofre do preconceito e profundo desconhecimento.

O quadro clínico dela se complicou, e agora a luta é  pela vida.

Sou leigo, e daí?

Sou leigo, e daí?
Acho que os médicos estão brigando com os sintomas.
Minha mãe está internada entre outros motivos por causa com uma insuficiência cardíaca.
O cérebro deprimido não permite a reação com os medicamentos. Como quando ela raramente se alimentava nos últimos dias, o cérebro reage de forma contrária. Comia, e se fechava.

Mas qual médico vai acreditar em mim?
Eu sou leigo.
Os medicamentos aplicados para a elevação da pressão arterial devem estar fazendo o cérebro reagir no sentido contrário, de manter a pressão baixa, de fechar o corpo, de mantê-la desacordada.

Que médico de Emergência atuaria de outra forma?
Infelizmente, no caso da minha mãe, acredito que a luta dos médicos é tão somente contra os sintomas.
Não os condeno, nem posso. Sou leigo.
Mas fico pensando na limitação da aplicação do conhecimento, ou do preconceito, ou até mesmo da falta de conhecimento dos profissionais da saúde sobre Depressão.
Em tempo, os médicos da Emergência estão com a relação dos medicamentos que minha mãe estava tomando.

A outra hipótese é a incompatibilidade entre as medicações. A medicação contra a depressão pode ter como efeito colateral a queda da pressão arterial, pode levar o paciente à insuficiência cardíaca.

Mas eu sou leigo!

domingo, 25 de novembro de 2018

Agora a Batalha é outra

A luta contra a Depressão Crônica deu lugar a outra.
Internada às pressas, minha mãe permanece internada na Emergência.
Foi constatada uma infeção urinária, e uma queda na atividade cardíaca.
O estado dela é grave.

sábado, 24 de novembro de 2018

Mais uma batalha

Desmaio.
Provavelmente pela falta de hidratação e pela desnutrição.
Deu entrada as pressas no Pronto-Socorro.
Sinais vitais estabilizados, sem a necessidade de internação na UTI
A ferida nas costas evoluiu para escara.
Uma infeção não localizada.
Passará por exames.

Há 2 dias não pronunciava uma palavra. Tinha passado a se comunicar com sinais de "sim" ou "não" com a cabeça.
Só a vi se alimentando uma vez nesses 2 dias, e logo depois que tomou seu mingau se fechou para o mundo e para todos.

Pela atitude do médico-assistente pensei que mandaria me prender.

Desesperar jamais?

Corrida (?) de 4K sob garoa e chuvisco.
Para tentar destravar.
Vai complicar. Minha irmã precisa voltar a tocar a vida em São Carlos.

Imagine uma pessoa de 86 anos com artrite, artrose e rigidez muscular normal pela idade tentando se fechar na posição fetal? Quanta tensão, quanta dor!
Imagine sua palma da mão virada para cima. Feche sua mão com força. Mantenha assim por minutos, por horas. Tente colocar algo nessa mão fechada. Água. Quanto de água você consegue colocar na palma de sua mão estando ela fechada com força?

Nos poucos momentos em que minha Mãeãe se abre é possível alimentá-la. São janelas rápidas e cada vez menores.
O remédio precisa contra a depressão precisa fazer efeito logo!

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Alegria e Frustração

Período difícil!
Uma Montanha Russa!
Hoje vi minha mãe comendo um copo de mingau. Eu a vi agitando o copo para não ficar nenhuma gota.
Mas veio o período da tarde, e não tomou o lanche.
E agora à noite nem quis a sopa, nem meio copo de suplemento alimentar.
Quando ela se fecha, se curva sem mesmo abrir os olhos alimentá-la se torna uma missão impossível.

Começou a batalha!


12 dias de medicação contra a depressão.
9º dia de internação na casa de repouso.
Minha mãe ficou 2 dias sem comer.
Vinha se alimentando somente na forma líquida desde que foi internada no hospital, e foi reduzindo sua alimentação gradativamente mesmo após a internação na casa de repouso.
Anteontem já cogitavam entrar com uma sonda nasogástrica, mas a noite ela passou a se alimentar.
Ontem e hoje comeu pouco, mas comeu.

Aparentemente o cérebro dela reage contra. Faz literalmente ela se fechar em busca de uma posição fetal mesmo sentada numa poltrona logo após a ingestão da comida.

Pequenos sinais de lucidez começaram a aparecer. Sabe que não está em casa, nem no hospital.

Pediu para ir embora da casa de repouso, mas expliquei-lhe a situação. Ainda precisa melhorar da ferida nas costas pelo longo tempo que permaneceu deitada. A medicação contra a trombose que ainda continua a ser administrada impede a rápida cicatrização do ferimento.

Passou a tomar suplemento alimentar, e a desafiei a sair dali andando pela porta da frente e por conta da força das próprias pernas para voltar para casa.