sexta-feira, 14 de junho de 2013

Está tudo errado! - parte 2



A foto estampada nos jornais da última quarta-feira, 12/06/2013, sobre a manifestação “Tarifa Zero” ocorrida em SP no dia anterior chamou minha atenção, e fiquei preocupado com as declarações do comando da polícia, pois ficou nítido o desejo de vingança ante ao sangue de um policial que escorreu.
Para muitos, e com razão, o sangue do policial indicou o excesso, a violência, por parte dos manifestantes.
Mas se analisar com calma, a foto denuncia algo muito pior.
A falta de preparo do policial, que com arma em punho, tentou imobilizar um manifestante.
Poderia ter ocorrido um tiro acidental no manifestante, nos repórteres, ou em direção de qualquer pessoa que estivesse transitando pela Praça da Sé.
Por mais violenta que tenha sido a atitude do manifestante, mesmo que tenha sido o causador do ferimento no policial, uma 9mm ou .40 é a resposta adequada?

Outro fato que me causa arrepio é a utilização das balas de borracha por parte da polícia.
E a imprensa, e a opinião pública, e os formadores de opinião não se deram conta do absurdo que estava sendo cometido com a utilização desse tipo de munição, até que uma jornalista recebeu um tiro de bala de borracha no rosto.
É um claro uso desproporcional da força por parte da polícia.
Balas de borracha jamais deveriam ser utilizadas para dispersar manifestações de professores, de sem-teto, de “tarifa zero” etc.
É munição antimotim! Talvez para ser usado numa rebelião num presídio, num perímetro delimitado, mas nunca no meio de avenidas, onde transitavam pessoas que não faziam parte da manifestação.
Alguém ouviu dizer que a polícia utilizou jatos d’água para dispersar os manifestantes? Ou a polícia não possui esse equipamento?
Se não possui, é despreparo!
Se possui, e não usou, evidenciou o sentimento de vingança, e o uso excessivo da força.

Nenhum comentário:

Postar um comentário